consolação
julgamos que a chegada do amor anuncia o fim da solidão, mas esquecemo-nos que nos conduz para aquele terror já esquecido. No início tememos pronunciar determinadas palavras que gritamos debaixo de água enquanto procuramos o rosto daquele que nos cativou.
Eis que chega o calor e rendemo-nos incondicionalmente ao que antes temíamos para depois nos apercebermos que apenas passámos a partilhar a nossa desolação. Existia de facto uma verdade terrível nas palavras daquele belo jovem suicida: “a nossa necessidade de consolação é impossível de satisfazer?”

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