bonjour tristesse
a solidão chega como convidado de recurso para preencher um espaço vago numa festa que no nosso íntimo nunca desejámos... não nos apercebemos da ausência até ao momento em que o "onde estás?" não encontra resposta. as noites que passamos tentando captar todos os pormenores daquela sala que agora está às escuras, o desejo de corrermos pela praia despojados de tudo menos do nosso corpo e depois sentir aquela água que nos gela os ossos e nos faz sentir vivos.
a incapacidade de ler o rosto dos outros num momento e de ler o nosso próprio mais tarde,
o deleite daquelas maratonas de pensamento em que abordamos a liberdade da morte
e em cada dia que passa, destruímos uma pequena parte daquela língua de terra (cada vez menor) que ainda une a nossa península a um continente que não queremos visitar ("o corpo é um nome rodeado de mar por todos os lados")

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